sábado, 13 de setembro de 2008

Diversidade Religiosa


Em se falando em Fé o Brasil e o mundo são uma colcha de retalhos, mas uma coisa é certa Deus quer que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs. Ou: Olorun quer, Ou: Mawu-Lissa quer, Ou: Alá quer, Ou: Javé quer. Deus, Olorun, Mawu Lissa, Alá, A Deusa, Brahman...São muitos os nomes pelos quais os seres humanos chamam o Criador. Mas a vontade dele é uma só: que seus filhos e filhas vivam em paz, como irmãos e irmãs. Se esta é a vontade do Criado , quem somos nós para desafiá-la? E, no entanto nos a desafiamos.Todas as vezes que discriminamos nosso semelhante por ele pensar diferente , ou faz suas faz suas preces de maneira diferente, ou chama o Criador por um nome diferente, nós desafiamos a Sua vontade. Porque Ele deu a seus filhos e filhas a maior de todas as graças: a capacidade de pensar. De pensar livre. De pensar diferente. Quem somos nós, então, para desafiar a vontade do Criador?.Discriminamos, ofendemos, praticamos atos de violência contra nosso semelhante, com a desculpa de que ele é "diferente". Foi assim no principio dos tempos. É assim nos dias de hoje.

Prevenir a intolerância é assumir que nenhuma verdade é única. É reconhecer que o outro tem livre arbítrio(...). Esse reconhecimento pressupõe garantir-lhe o direito de pensar, de crer, de amar, de doar,de rezar, de ser gente religiosa. Gente que exercita a missão sagrada de reconhecer no outro a imagem e semelhança de Deus, Olorum ou Javé.

A cartinha “Diversidade Religiosa e Direitos Humanos”


Cartilha promove reflexão sobre diversidade religiosa e direitos humanos Apresentação.

O Estado Brasileiro é laico. Isso significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Diz o artigo 5o, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual somos signatários. A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças. Entretanto, muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é “diferente”. Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime – e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos.Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiães da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; desrespeitar a espiritualidade dos povos indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial: tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o Programa Nacional dos Direitos Humanos. O Programa Nacional dos Direitos Humanos pretende incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças.A presente cartilha, Diversidade Religiosa e Direitos Humanos, é o resultado de quase um ano e meio de um trabalho que contou com a participação de várias religiões, e que não se esgota aqui (outras colaborações podem ser conferidas no site (www.presidencia.gov.br/sedh). Esta cartilha é a continuidade das muitas ações de homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças, que, com suas palavras e seus atos, pretendem construir um país, um mundo melhor. Um país e um mundo em que ninguém sofra ou pratique injustiça contra seu semelhante. Um mundo e um país de todos.
Ministro Nilmário Miranda (Secretaria Especial dos Direitos Humanos)

Declaração Universal dos direitos humanos Art. XVIII
Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente,em público ou em particular.”

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