quarta-feira, 17 de março de 2021

 Acolhimento e orientação dos Orixás através do Jogo de Búzios



sábado, 13 de abril de 2019

NOVO TELEFONE

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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Banho de Ervas - Banho de Abo - Banho de Axé



A PURIFICAÇÃO DO CORPO E DA ALMA
Banho de AbÔ, é muito antiga a tradição do uso de ervas para banhos, provém de diversas civilizações e culturas milenares, as quais notaram que através desta simples prática era possível se purificar. Sendo assim se tornaram bem populares não só pelos adeptos das religiões de Matriz Africana.

O REI DAS FOLHAS - Ewé
ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha não existe Orixá). Ossanhe é o Orixás detentor do axé (força, poder, vitalidade), das folhas e das ervas. É considerado o grande Medico das Religiões de Matriz Africana, pois possui o conhecimento das folhas e seus poderes de cura. Ossanhe concedeu a cada Orixá suas próprias folhas, mas só Ossanhe (Òsanyìn) conhece os seus segredos que despertam o seu poder, Ossanhe desempenha uma função fundamental nas Religiões de Matriz Africana, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimônia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.

ÁGUA - OMI - A água é item mais importante para a vida, só existe vida onde tem agua e consequentemente a própria folha só existe por este motivo, nos banhos de ervas além das folhas temos água e na Religião dos Orixás “Batuque” os Orixás que respondem na agua e são seus responsáveis e detentores do poder da agua Axé são Oxum, Iemanjá e Oxalá, portanto esses Orixás também exercem poder nos banhos de ervas, pois todo banho contém água.

O BANHO
Cada Orixá tem as suas ervas especificas que foram cedidas por Ossanhe e cada Banho é preparado com ervas especificas destes Orixás dependendo do tipo de beneficio que se quer alcançar, é muito importante que se saiba combinar as ervas, pois cada tipo de caso pede um cuidado diferente, avaliar se a erva em questão trará o benefício esperado e se realmente precisamos desse benefício. Por estes motivos aconselhado é procurar um Babalorixá "Pai de Santo" ou Yalorixá "Mãe de Santo" que este sacerdote em seu tempo de aprendizado, aprendeu a reconhecer as ervas e para que serve cada erva e seu poder sendo assim poderá manipular essas ervas, colocando seu Axé ".
Na Religião de Matriz Africana do Rio Grande do Sul "Batuque"  A folha e utilizada como primeira obrigação “Omi Ero”  quando o noviço lava seu Ori “Cabeça” e passa a ser um iniciado, filho de Santo. Já o banho com ervas, Abô é utilizado como complemento de alguns Ebós "trabalhos" e também antes de obrigações de Boris e demais obrigações, todos com o intuito de limpeza e purificação do corpo os utensilio materiais que complementam a feitura ou assentamento do Orixá são sacralizados com ervas os fios de contas “guias” seguem o mesmo ritual com ervas.

O BANHO EM GERAL
A essência do banho de ervas é purificar o corpo e a alma podendo ser também como atrativo, mas a principal função é purificar o espirito de energias negativas e más influências. Possui outros diversos benefícios que agem tanto no físico quanto no espiritual, garantindo as vantagens no auxílio contra insônia, retira pensamentos e energias negativas do corpo, relaxa (tira o cansaço), retira a ansiedade e estresse do dia a dia e acalma o físico e espiritual, além de relaxar e perfumar.

Principais Banhos de ervas são:
•          Banhos para abrir caminhos
•          Banhos para a Saúde física em geral
•          Banhos para o amor
•          Banhos para atrair prosperidade
•          Banhos para proteção
•          Banhos de descarrego
•          Banhos para limpeza espiritual

E bom salientar que: Banhos de ervas não substituem o tratamento medico.

O Preparo:
O preparo do banho é sagrado por este motivo deve ser manipulado por um Pai ou Mãe de Santo que tenha o conhecimento das folhas sagradas.
-Verificar se a pessoa tem algum tipo que reação alérgica de alguma erva do banho.
-Após verificar a necessidade da pessoa, são selecionadas as ervas que vão atender aquela determinada necessidade, as ervas devem ser frescas "verdes", pois assim se mantém vivas.
Para verificar a necessidade o sacerdote consulta os Búzios.
-As ervas devem ser lavadas e após macerar com agua pura, ou agua da chuva colhida, não se deve ferver as ervas.
-Deixar o banho macerado e coado no Pegi "quarto de santo" velando por um dia, para o Axé da combinação das ervas se propagar.
Neste banho PODE SER acrescido agua de quartinha de determinado Orixa, mel, flores e perfume, claro dependendo da finalidade do banho em alguns banhos pode não ir algum item destes cabe ao sacerdote verificar.
-No  dia do banho, primeiro a pessoa toma um banho normal e após o banho de ervas, geralmente o sacerdote ou alguém determinado por ele da o banho na pessoa.
-O banho e tomado do pescoço para baixo, não podendo ser feito na cabeça.
-Alguns banhos são recolhidos em bacia para despachar em lugar próprio outros pode ser levado por agua corrente no chuveiro, sem problemas.
No local do banho deve ter uma vela acesa para o Orixá responsável pelas ervas.
Aconselhável após o banho não se secar, secar somente partes intimas e colocar roupas de cor clara e o próximo banho normal deve ser somente após 24hs do banho de ervas.
Para cada tipo de banho existe algum tipo de resguardo que deve ser cumprido, como por exemplo: não beber bebidas alcoólicas ate 24hs após o banho, não fazer sexo ou sair a noite para festa ou lugares a céu aberto. Cabe ao Pai ou Mãe de Santo informar se existe algum tipo de resguardo que deve ser cumprido.

Para tudo que é feito na Religião dos Orixás ter resultado é necessário à pessoa acreditar e ter Fé.
Aqui é tratado o banho conforme meu aprendizado na Religião dos Orixás "Batuque", na Umbanda,  Candomblé ou em outro terreiro pode ter tradições ou fundamentos diferentes dos citados.

Por Pai Léo de Oxalá – 29.06.2018
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segunda-feira, 18 de junho de 2018

GAN

Instrumento de origem Africana, mais utilizado nas Regiões de Benim do povo Djedje e na fronteira de Benin e Nigéria pelo povo Ketu. Instrumento consagrado ao vodun Gun ou ao Orixá Ogun nos povos de tradição Nagô.
No Rio Grande do sul é utilizado desde os primórdios do Batuque pelo povo de nação Djedje que complementa suas obrigações, seus Xires com toques de Djedje com Aguidavis, famoso Djedje de par.
Da família do Agogô mas um pouco diferente pois o Agogô, possui duas ou três campânulas e som estridente. O GAN possui apenas uma campânula é feito de ferro mais duro produzindo um som diferente ao som do Agogô, também se difere no formato e tamanho a campânula. Para os antigos o GAN antes do seu uso deve passar por rituais litúrgicos de consagração para adquirir o (axé) "força vital".  O Gan é tocado com um aguidavi, ditando o ritmo do tambor enfim utilizado na marcação dos toques e cantos.

Por Pai Léo de Oxalá

Campânulas:  objeto em forma de sino. Campana/cincerro
Aguidavis: são varetas feitas de madeira, pode ser comparada a uma baqueta na sua utilização, no Batuque de Djedje são confeccionados de galhos da arvore camboim.
Tradição Nagô - Povos que utilizam o dialeto Yoruba
GAN – em sua tradução quer dizer Ferro no dialeto Fongbe do povo Djedje provem da palavra Awagan Dono ou Sr do Ferro.
 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

2018 Ano de Bara - Batuque Jeje Vodun Nagô

Ano de Elesu Bara

As pessoas sempre perguntam o que esperar do ano, mas é o ano de não esperar é o ano da mobilidade, da ação, de agir.
Sempre que Oxalá entrega o ano diretamente para Orixá Bara é início de um novo ciclo em nossas vidas, uma oportunidade de reinicio, de fazer diferente, de fazer melhor, uma oportunidade de novos caminhos, de novos horizontes. O Ano de Bara é estar diante da possibilidade de mudar, para ter uma vida melhor. Estar diante de Bara é estar diante da resposta, da solução rápida. Elesu Bara nos impulsiona a agir neste ano , o agir nada mais é do que fazermos a nossa parte para que Bara faça a sua parte. é a dualidade de ações para que possamos alçar nossos objetivos. Afinal Bara é Orixá da ação, do fazer, do movimento enfim a ação de se movimentar para o objetivo. A oportunidade vai bater na porta dos merecedores, mas não vai virar a maçaneta.
Elesu Bara Orixá da mobilidade que permite que o universo NÃO SEJA de caráter imutável, “sempre igual”. Sendo assim o destino se torna manipulável através dele, nada pode acontecer sem a intervenção dele. De intérprete a mensageiro nenhuma comunicação entre os homens e Orixás pode acontecer sem a sua intermediação, ele que traduz nossas palavras, nossos pedidos aos Orixás, ele dá a mobilidade ao todo, nele está a ordem e a desordem das coisas é Ele o Deus do Corpo na sua forma individual ( “aquele que habita o corpo” ou o Sr do corpo Humano) e Deus do coletivo, também . Devido a esse seu poder quase que absoluto sobre a vida e a morte, sucesso e fracasso, riqueza e miséria, Bara é o mais importante e dos Orixás. Ele deve ser o primeiro a ser reverenciado.
Cruzeiros Abertos!!! Alupo!!! Asè ooo
Texto de Pai Léo de Oxalá - Kwe Djèdjè Vodun Nagô
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MOBILIDADE:
característica do que é móvel ou do que é capaz de se movimentar. Possibilidade de ser movido.
IMUTAVÉL:
que não está sujeito a mudar; permanente, constante, imudável.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

BANHO DE ANIL

O Banho de Anil sempre foi utilizado nos antigos Iles de Batuque e  acabou caindo no esquecimento de muitos,  realizado para clarear a vida os caminhos e afastar “eguns”, também despertam a coragem e a força de vontade nas pessoas, trazendo paz e harmonia em seus caminhos para que sejam capazes de buscar seus maiores objetivos com a cabeça e o coração tranquilos e focados na vitória. Existem tantas coisas que ficaram no esquecimento e que tem  resultado e são bem simples o banho de Anil é uma delas  eu aprendi que todo banho deve  conter água sagrada ou seja água de quartinha do Orixá que responder pelo banho. Existem outros banhos os mais usados são os de Abo, ou seja, de ervas, mas dependendo das ervas e para uma determinada finalidade e para um determinado Orixá coloca-se também água sagrada daquele Orixá.

Aguá sagrada:  Aguá que contem em quartinhas que foram sacralizada para determinado Orixá.

Uso Geral:
O Anil sempre foi utilizado por nossos Avós para tingir e clarear roupas brancas.
A bucha de Anil é encontrada nos dias de hoje em alguns supermercados de pequeno porte ,da capital e algumas floras.


Por Pai Léo de Oxalá
(51) 33877683

Em África e no candomblé é utilizado o Waji que também esta na composição do Anil, para o povo de candomblé  representam uma forma de proteção contra as forças maléficas das três principais Iyami Àjé - as feiticeiras ancestrais -, impedindo-as que pousem sobre as pessoas. A combinação desses elementos também tem como objetivo vincular todo o axé - a força espiritual - transmitido ao noviço durante os ritos da iniciação. Enfim ajuda a proteger a cabeça dos os iyawos contra as Ajés.


Wáji, Uaji ou Arokin é um tipo de pó azul, chamado pelo povo de santo de indigo. Resulta da mistura de minerais.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Minha Vida




Minha caminhada quem trilha é Elesu. Meu coração é doce como o de Oxum Doko.

Meus pensamentos e minha razão navegam nos mares de Yemanja. Minhas alegrias são concedidas por Ibeji Meu Teto é firme foi Oya que me deu. Minha força vem do meu bom alicerce Ogun. Mas o meu bem maior é Oxalá que me concebeu para a vida e me fez o Homem que sou hoje, se mil vidas pudesse ter, mil vezes seria seu filho. Este sou eu Léo de Oxalá amigo dos amigos.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

UNIÃO AMOROSA

Partindo do principio que o Amor é algo que sentimos por outra pessoa que é tão forte que queremos dividir nossas vidas com esta pessoa eternamente, pois nos sentimos bem e felizes ao lado desta pessoa. Enfim esta pessoa nos completa “nos faz bem”. Em minha opinião é claro.

Mas é difícil escrever sobre um sentimento que todos os indivíduos querem ter em suas vidas, todos sonham com um grande amor e viver um grande amor e por conta disso muitas vezes são capazes de cometer as maiores loucuras de suas vidas por conta deste amor, se comenta muito que as pessoas ficam “segas” não conseguem pensar em outra coisa a não ser no seu amado (a), os defeitos não aparecem no ser amado, neste momento o individuo não sabe e não quer saber se este amor vai ser bom para a sua vida, se vai lhe fazer bem, pois um amor não é somente um bom sexo é uma relação compartilhada, relação essa baseada no verdadeiro amor e confiança é uma troca, o individuo vai dividir a sua vida com outro ser. Existe um dito popular que fala “ Meu amor e uma cabana “ e é bem isso que acontece quando o amor “pega de jeito”, não se pensa de que maneira vai ser e em nada, somente em viver aquele amor intensamente, claro com algumas exceções existem pessoas que conseguem olhar o todo do sentimento. Outra situação que acontece é confundir o sentimento amor por sexo, não podemos negar que eles se completam, mas às vezes o sexo entre duas pessoas poder ser ótimo, ter aquela chamada “química” ou “coisa de pele”, mas o dia a dia nem sempre é bom, porque para ter uma vida a dois é necessários outros sentimentos além do bom sexo, como: cumplicidade, respeito, carinho e a confiança é fundamental e claro muita dedicação  para manter tudo isso, pois esta vida a dois não é um mar de rosas.

Todos sabem que a conquista do amor não é nada fácil e não existe uma receita para este caminho, é um sentimento que contamina que toma conta do ser. E esta relação tão desejada por muitos, é conquistada por poucos. Nem sempre o sentimento é recíproco às vezes aparecem inúmeros empecilhos no caminho. 

A realidade: 

Á vida das pessoas gira em torno das suas necessidades, seus anseios, ou seja o que queremos, as nossa buscas as nossas lutas por aquilo que desejamos claro que para alcançarmos temos que ter atitude, dedicação e o fazer por merecer, nada cai no colo de alguém sem isso.

As dificuldades:

Nem todas as pessoas são iguais e tem a mesma força interior ou paciência para esperar, sendo assim o “fazer acontecer” se torna o “feitiço”, (Ebo para Amor, para união ou trabalho para amor ou aproximação ou reconciliação) e entra como um facilitador para quem não conseguiu com suas próprias forças ou não teve paciência no sentido de tempo, para alcançar o amor que tanto deseja.

A busca por auxilio:

Por estes motivos  muitos procuram os Ilês (casa de religião, terreiro) para alcançar o que desejam, os Orixás podem ajudar a estreitar esta relação e o Babalorixás ou Yalorixá através do jogo de búzios e manipulando seu axé (força do Orixá) devidamente, conduzira a realização de um Ebo para amor ou melhor, para a união ou reconciliação. Este Ebó trabalha o íntimo e na mente da pessoa, fazendo brotar desejos sinceros e verdadeiros. E faz com que isso aconteça naturalmente, pouco a pouco, sendo assim a pessoa não será infeliz ou tão pouco obrigada a nada. Este Ebó pode ser  passível de renovação periódica ate que se firme e torne natural o sentimento. Claro que para dar certo é necessário ter Fé e fazer a sua parte. Muitos são contra esse tipo de Ebó (trabalho), mas como o povo diz: -Por amor vale tudo. Cada um sabe o que lhe convém e o que deseja, portanto fazer ou não é por conta de cada um.

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Por Pai Léo de Oxalá
Telefone para contato:(51)981277850

O Ebó
Nada mais é que uma oferenda, algo que você oferece aos Orixás, para diversas finalidades, sejam elas feitas para apaziguar algum problema, sejam feitas em forma de agradecimento de alguma graça atingida, por alcançar algum objetivo ou simplesmente como forma de agradar as divindades que ora está sendo cultuado.

Destina-se a oferecer oportunidades onde elas antes não existiam, a abrir as portas que antes estavam fechadas, a desbloquear caminhos aos desejos de quem  e o encomenda me atrevo a dizer, respeitando as proporções e religiões poderia ser comparado a uma benção ou graça, porque não?  se é algo que a pessoa pede em seu beneficio, é um favor especial que estamos pedindo a diferença é que em troca estamos oferecendo algo o Ebò, assim como os católicos fazem ao fazer os seus pedidos. 


Bênção: acto ou efeito de abençoar alguém ou algo, através de forte imprecação, favorecendo o objeto da bênção na sua existência ou nos seus fins. Fig. Benefício, graça, favor especial.

Imprecação:
Acto de pedir algo com forte veemência, contra ou a favor de alguém. Pedir veementemente a. suplica

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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

4ª Marcha pela Vida e Liberdade Religiosa



Líderes religiosos de matriz africana e umbanda mobilizam adeptos e simpatizantes para o seminário dia 20 e caminhada no dia 21 de janeiro de 2012 em Porto Alegre - RS


Sob o slogan Unidos seremos fortes, a 4ª Marcha Estadual pela Vida e Liberdade Religiosa pretende mobilizar grande número de adeptos e simpatizantes no dia 21 de janeiro de 2012, em Porto Alegre. O movimento, que teve início em 2009, reúne religiosos de matriz africana e umbanda da capital e do interior, além de convidados de diversas regiões do Brasil. Nesta edição, que homenageia Mestre Borel – Ancestralidade Negra, Babalorisa e Alagbe que faleceu em 2011 e que participou de todas as outras marchas, os participantes comemoram um importante avanço: o comprometimento do governo do Estado de atender reivindicações apresentadas dia 21 de novembro de 2011, em reunião no Palácio Piratini com o Governador.

No documento entregue ao governador Tarso Genro, os religiosos, lembrando que o Rio Grande do Sul é o estado que abriga o maior número de terreiros do Brasil, reivindicam o assentamento imediato de uma representação dos Povos de Terreiro no Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social – CEDES; a criação de um Conselho de Políticas Públicas para Povos de Terreiro, vinculado ao Gabinete do Governador, com o objetivo de pensar e construir ações afirmativas e políticas públicas; e a transformação da Coordenadoria de Igualdade Racial em uma Secretaria com estrutura para o desenvolvimento de políticas voltadas para o Povo Negro, sem deixar de incluir os Povos Indígenas. Quanto ao CEDES o assento já foi assegurado e as outras reivindicações estão tramitando.

A 4ª Marcha, terá uma extensa programação. Como no ano anterior será realizado um seminário e neste será lançado o Mapa da Intolerância Religiosa no Brasil – importante documento que visualiza o que vem sendo o mote desta manifestação e também terá o lançamento da Campanha “Democracia, Paz e Religião: Respeite! Promovida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidencia da República, no dia 20 de janeiro no Auditório Dante Barone. Esta marcha se caracteriza contra a intolerância religiosa e o racismo, é promovida na capital gaúcha pela RENAFRO-SAÚDE-RS, com o apoio do Gabinete do Povo negro da Prefeitura de Porto Alegre, SINDISPREV e SINDISERF e tem na comissão organizadora as seguintes parcerias CEDRAB/RS, GPUC-UFRGS, MNU/RS, AFRICANAMENTE, FORMA/RS, GT - AÇOES AFIRMATIVAS, CEUCAB, UNEGRO-RS, YAHYA PRODUÇÕES, ATRAI, ESTAF, EGBE ORUM AIYE, ILE AXÉ YEMONJA OMI OLODO.

A concentração inicia às 14h, em frente ao Mercado Público Central, com saída às 16h, Avança pela avenida Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares e de lá vai para a Usina do Gasômetro. No encerramento em frente ao rio Guaíba, são homenageados os orixás das águas.


domingo, 20 de novembro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O FEITIÇO PARA AMOR

Texto de Pai Léo de Oxalá
publicado no Jornal Grande Axe
Edição 09 de Outubro

VEJA O TEXTO NO BLOG




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domingo, 25 de setembro de 2011

_____| Enferrnidades da Alma |____

Texto publicado no Jornal Grande Axé - 2° Edição - pagina 07
Por Pai Léo de Oxalá

Veja o texto neste blog:

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PROVA DE FOGO - Axe de Fala

Na África:
Na cultura religiosa do Povo Fon (Djedje) é comum provar o poder das Divindades (Vodun) quando estes estão "incorporados" em seus iniciados, existem inúmeras provas a mais conhecida é a prova de Zo onde o Vodun Sogbo (semelhante ao Xangô dos Yorubas), participa.

Descrição da prova de Zo:
Em um determinado momento entra no salão uma panela de barro ou de ferro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria de um raio, tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns. (Esta descrição é de autoria de Pierre Fatumbi Verge)


No Batuque
Nas imagens acima mostra uma prova que se assemelha muito com a que é realizada no batuque claro que em proporção menor. Os acarás feitos no Batuque, que são mechas de algodão embebidas em Epô (azeite de dendê ) e prede-se fogo para o Orixá ou Vodun colocar na boca “comer” mas após apagado o fogo é devolvida a mecha de algodão. Esse tipo de prova com Acaras  é realizada em uma experimentação ou em uma obrigação que chamamos de axé de Fala. A quantidade ofertada é sempre múltipla de seis geralmente 24  , depende da feitura e do Baba ou Yia, baseado que o numero seis e seus múltiplos  para o batuque é da Divindade dona do Fogo. Sogbo e Xangô.

O Axé de fala nada mais é que uma liberação que o Orixá ou Vodun ganham para poder se comunicar com os seus devotos, ou seja, ele poderá falar ou cantar seus orins, esta obrigação é dada aos Orixás ou Voduns que já tem um determinado tempo de “chegada” e o filho já tem uma obrigação de apronte, assentamento de todos os Orixás ou Voduns que compõe o orumalé do Batuque ou por necessidade ou pedido da Divindade. Existe algumas exceções da necessidade de ter obrigação completa.  Mas as provas que compõe o axé de fala não são apenas os acarás, este é apenas uma das provas no processo da “fala”. O Axé de fala compõe outras provas é ritual meio que padrão no Batuque mudando apenas em alguns detalhes e quantidades, dependendo do terreiro, não cabe neste momento eu descrever todos os itens que compõe um Axé de Fala, estes detalhes é de responsabilidade dos Babas e Yias informarem aos seus filhos. Esta fala é dada pelo Baba ou Yia na presença de testemunhas, alguns filhos do Ilê e Babas e Yias de outros Ilês. Ao final do ritual essas testemunhas podem dizer se estão de acordo ou não.

A experimentação: também é uma prova poderá compor o acará, mas não existe tempo nem obrigação pré definida para a Divindade ganhar a experimentação, o Baba ou Yia que determina quando e quantas vezes a divindade ganhará a experimentação ate o momento de ganhar o axé de fala isso tudo depende da necessidade verificada pelo sacerdote. A experimentação não libera a fala apenas o axé de Fala libera a Divindade a se comunicar com seus devotos. Geralmente a experimentação é dada em obrigação fechada perante os filhos da casa, obrigação esta que esta em desuso. O Axé de Fala e a experimentação não podem ser comercializadas $$$, é dada por merecimento ou necessidade.

É claro que uma Divindade não prova apenas assim a sua veracidade, a prova maior é o bem estar do filho (cavalo de santo)  e dos que o seguem, sejam eles apenas devotos ou filhos de santo. Mas são rituais que fazem parte da Religião de Tradição Africana realizada aqui no Sul e devem ser mantidos por serem tradição e fundamento e também de grande importância para que as pessoas de má fé, não mistifiquem a nossa Religião.

Por Pai Léo de Oxalá
Kwe Djedje Nagô - Ilê Oxalá Segbo

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As imagens são dos rituais realizados na África no antigo Daome do povo Fon (Djedje)

Prova de fogo


sábado, 18 de junho de 2011

Do Sincretismo a reafricanização.









Do Sincretismo a reafricanização, Nada será como antes.
Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI e XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil. Em seus porões, viajava também uma religião estranha aos portugueses. Mas no novo mundo não podiam realizar seus cultos e muito menos reverenciar suas divindades Orixás/Vodun, divindades essas chamadas de coisa do demônio e feitiçaria pelos Colonizadores, surge o sincretismo que nada mais é que uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra, então à necessidade da utilização de imagens católicas em seus altares para encobrir suas Divindades, fazendo pensar que estavam cultuando as imagens católicas, mas por de baixo havia os ebos “comida de Orixá ou oferenda” e assentamentos, com isso a associação das imagens católicas com os Deuses Orixás, santa bárbara com Oya, e assim por diante. Seja por necessidade ou sobrevivência os cultos foram mantidos. Hoje ate mesmo no berço da Religião de Matriz Africana no Brasil sito Salvador Bahia se mantém e inclusive existem Igrejas católicas realizando missas afros com toques de tambores e algumas saudações, entoados em Yoruba. No Rio Grande do Sul a Religião de Matriz Africana chamada de Batuque ou Nação também se manteve durante muito tempo com o sincretismo, era normal ver nos Pejis dos Ilês, imagens católicas e ao final das obrigações de 4patas aos Orixás, era realizado o passeio ao mercado assim como realizado em algumas regiões da África, mas aqui também visitavam uma igreja católica que o santo regente tinha a associação com o orixá do Ilê, um Ilê de Ogum realizava o passeio em uma Igreja de São Jorge ou um Ilê de Oya/Iansã realizava o passeio em Igrejas de Santa Barbara, hoje mantém o passeio ao mercado mas a ida a igreja católica já não é feita por muito Ilês , os que ainda realizam o passeio também em igreja católica preferem ir na Igreja Nossa Sra. do Rosário localizada no centro de Porto Alegre capital do estado, porque lá antes de existir essa Igreja, na época da escravidão existia uma igreja somente para negros pois neste período os negros escravos não podiam freqüentar a mesma igreja de brancos. As imagens católicas nos Ilês também estão sendo abolidas pouco a pouco são raros os iles que tem em seus Pejis imagens católicas. Os batuqueiros que matem imagens católicas em seus pejis se defendem dizendo que mantém justamente para que não seja esquecido tudo que se passou e toda a luta para manter a religião. A quaresma, “Olorogum” era respeita ate algum tempo atrás desde a escravidão, em nenhum ilê era realizado festas aos Orixás e rituais de sacrifício neste período, o início do ano litúrgico para o povo do santo era no sábado de aleluia, hoje ate mesmo pela necessidade das pessoas crentes na fé dos Orixás quase que nenhum ilê “fecha” neste período muitos mantém suas portas abertas mas não realizam xires já em outros Iles já realizam xires e sacrifício aos Orixás, a única coisa que todos respeitam é o período de carnaval.

Hoje existem um repudio ao sincretismo aqui no Rs, muitos condenam quem mantém imagens católicas em seus Pejis ou respeitam o período da quaresma, dizendo não ter nada haver com a nossa religião e que a escravidão já passou e não se tem a necessidade de manter qualquer forma de sincretismo,

“Este anti-sincretismo não deve ser visto como ausência de sincretismo, mas como uma atitude valorativa de rejeição ao sincretismo, já que processos de hibridez e misturas acontecem em todas as culturas, entretanto um dentre os tópicos que as diferenciam é valoração dada a esta mistura. Há sociedades que ideologicamente rejeitam ou têm horror à mistura, enquanto outras a exaltam. “Ser anti-sincrético seria desvalorizar, esconder, negar os sincretismos ocorridos, pois de fato não se é possível evitar o sincretismo de uma ou outra maneira” (MARIZ, 2005: 10).”


Mas o interessante é que todos são batizados na igreja católica e alguns se casam também nessas mesmas Igrejas, um mesmo individuo que condena imagens católicas no Peji é capaz de realizar um ebo ou xire ao Orixá Yemanja porque é dia de Nossa senhora dos Navegantes ou comemorar o dia de Oxum no dia de nossa senhora da conceição.


“Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, pra mim é pouca talvez não me chegue. Rezo cristão, católico, embrenho a certo; e aceito as preces de compadre meu Quelemém, doutrina dele, de Cardérque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles. (...) Olhe: tem uma preta, Maria Leôncia, longe daqui não mora, as rezas dela afamam muita virtude de poder. Pois a ela pago, todo mês – encomenda de rezar por mim um terço, todo santo dia, e nos domingos, um rosário (ROSA, 1986: 8-9).”

Enfim aqui no sul a um clima de reafricanização, muitos ilês estão em mudança em sua estrutura adaptando algumas coisas do candomblé, talvez numa intenção de reafricanizar acabem adaptando “coisas” do candomblé. Já se vê igbas “assentamentos” a amostra nos pejis assim como é no Candomblé, sendo que por tradição do Batuque os igbas “assentamentos” ficavam fora das vistas, geralmente em prateleiras cobertas por cortina, as comidas de religião inclusive as sacralizadas “ quatro pés e aves” estão sendo apresentadas para servir em cima de mesas ou em cubas de Buffet , o  arrisum esta tomando um conceito totalmente de candomblé, pela falta do conhecimento dos rituais fúnebres do batuque. Onde ontem tudo era fundamento hoje há muitas adaptações. Isso demonstra uma certa confusão em abolir o sincretismo onde algumas coisas são repudiadas e outras não , o certo é que o batuque passa por uma transformação , ou as pessoas crentes na fé do orixá, estão passando. Creio que o Orixá não se incomode com o sincretismo ate porque já estão adaptados a esta situação espero que estas transformação não afete os fundamentos da Religião, a fé já não é mesma pois os valores de ontem já não são os de hoje.
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Texto de Pai Léo de Oxalá
Kwe Djedje Nagô – Ilê Oxalá Segbo

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terça-feira, 7 de junho de 2011