sábado, 28 de junho de 2008

O que é o Jeje com aguidavis?


O Jeje com aguidavis

O Dentro das nações cultuadas no Rio Grande do Sul, o Jeje-Nagô, da bacia de Pai João de Esù Ni (Biy) e outras bacias do Jeje, alguns Iles ainda mantém vivo o Fundamento de completar seus Sirès com toques de Jeje com aguidavis (aquidavis), assim como eram realizados no antigo Daome atual Benin na Africa, cito Pai Pirica e filhos , Pai Tião de Esù Dare e filhos, Pai Léo de Oxalá entre outros, mas infelizmente são poucos que conseguem manter esse fundamento, um dos problemas encontrados na realização do toque com Aguidavis, é que são poucos os Alabes que sabem utilizar o aguidavis, a ordem do Sire e orins em Fongbe, dentro do Estado.


Aguidavis/ Akidavis/ D’avenin:
Aguidavis são varetas feitas de madeira, aqui no Sul é costume utilizar Cambuim ou na falta a goiabeira como matéria prima para confecção dos aguidavis, e com essas varetas e com a mão é que são tocados os tambores. Sendo essas varetas diferentes das utilizadas no Candomblé de Keto, tanto no tamanho, quanto na espessura e comprimento, os aguidavis de Jeje são mais curtos de espessura grossa e não são retos, sendo algumas tortos na ponta que são chamadas de aguidavis de volta, o que redobra.

No antigo Daome Existem três tipos de akidavis: o primeiro é D’ele, que é uma vareta longa cortada angularmente, e que normalmente, é usada com os tambores menores e posicionados entre as pernas com o couro para frente e a ressonância para trás; o segundo é o D’humpi que são as varetas arredondadas, normalmente tiradas de árvores sagradas como a gameleira branca, baobá ou árvore de cola, que são utilizadas com diversos diâmetros para os tambores de médio a grande porte; o terceiro, o D’Avenin, são varetas com a ponta curvada e que são tocadas com os tambores cujo couros estão em ambos os lados Segundo os velhos bokonos do Daome, o grande tambor é tocado com par de D’avenin tirado da árvore sagrada do kwe, especialmente feitos por vodunsis virgens.


Tambores:
São dois tambores o humpli e o gumpli os dois são de tamanhos diferentes justamente para ter um som diferente e de tamanho bem pequeno comparado aos tambores utilizados no Nagô (Oyo,Ijesa) do RGS, mas com duas faces, com os couros em ambos os lados um lado representa o djenunkon (céu) e o outro a aikunguman (terra). O Huntó “Alabe Chefe” utiliza apenas um aguidavi e a mão para executar o toque no tambor humpli esse é o tambor solista e realiza pequenas variações sobre o ritmo constante ‘redobra”,sustentado pelo o segundo tambor chamado de gumpli que só marca o ritmo, nesse tambor são utilizados um par de aguidavis.

No antigo Daome atual Benin são utilizados três tambores, dois com couro nas duas faces e um tambor em tamanho grande que pode ser comparado a Inhã, mas com couro apenas em uma face e é também tocado com um aguidavi.


Gan :

Gan: é um instrumento feito de ferro em formato (U) parecido com uma ferradura, fechada em ambos os lados com uma abertura frontal onde sai o som, e sua utilização é parecida com o Agogô sendo que o Gan é feito de um metal mais duro e o som não é tão estridente com o do Agogô. O Gan é tocado com um aguidavi e pela pessoa que entoa as “rezas”, Pai Tião faz isso com maestria ditando o ritmo do tambor, nem sempre quem entoa as rezas é os Huntó “Alabe chefe”. E tanto, os tambores quanto o Gan são acompanhados de Ages, assim como é no Benin.

O batuque:
Todos que já participaram se encantam com tal obrigação, o toque se inicia com os cantos ao Vodun Legba, e a maioria das “rezas” são entoadas em Fongbe e são dançadas em pares, um de frente para o outro, conhecido como Jeje de Par. A balança para os Jejes é dedicada ao Vodun Sogbo, não sendo o mesmo Orin cantado nos Iles de tradição Nagô mas a maneira de armar, digo a ordem da balança é igual, a dança também, todos de mãos dadas e movimentos para frente e para trás só que em um ritmo mais rápido que uma balança Nagô, sendo entoando a “reza” ao Vodun Sogbo. Os cantos vão até o Vodun Lissa “Oxalá” como é na tradição Nagô do RS “de Bara a Oxalá” . Após o termino do Jeje com aguidavis se inicia o batuque Nagô normalmente, mas não é realizada balança, pois a mesma já foi realizada no toque de Jeje com aguidavis, não sendo necessário à repetição, a tradição diz que nesse toque deve ser apenas entoados os Orins de Nagô em Yoruba, mas hoje em dia também são cantadas algumas rezas de Jeje em Fongbe durante o sire Nagô.


Texto de Pai Leo de Oxalá

Na fotografia: Alabe Tio Valdir de Xangô, filho de Pai João de Esù Byi e Alabe Tiago de Oxala filho carnal do Pai e Alabe Alfredo de Xangô


Fongbe - Dialeto Fon, “dialeto dos Jejes”
Tradição Nagô – Oyo e Ijesa dialeto Yoruba

terça-feira, 24 de junho de 2008

Justiça suspendeu ontem lei que proibe restos de animais nas ruas



Porto Alegre. Justiça suspendeu ontem lei que proibe restos de animais nas ruas.




O Tribunal de justiça do Estado suspendeu ontem, em caráter liminar, a lei de Porto Alegre que estabelece multa para quem deixar restos de animais mortos em via publica.
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No entendimento do desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, mesmo que não tenha sido a intenção, o dispositivo legal afronta o principio constitucional da liberdade de culto, pois obstaculiza a livre pratica de cultos religiosos que eventualmente envolvem sacrifícios com animais. Em sua manifestação, o magistrado disse que a liberdade de culto religioso é assegurada pela Constituição Federal entre os direitos e garantias individuais. A lei fica temporariamente suspensa até o julgamento do mérito do pedido de cancelamento.
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Extraído do jornal Zero Hora pagina 46 de 24 de junho de 2008


Minha Opinião:

Importante salientar que isso não nos dá o direito de sair poluindo o meio ambiente, o bom senso é fundamental, quando necessário o despacho de aves e etc , procurar locais ermos não utilizar a via publica de movimento para despachos, não utilizar plásticos garrafas e etc. Vamos respeitar o meio ambiente e o cidadão que não é de nossa Religião.

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Pai Léo de Oxalá





terça-feira, 17 de junho de 2008

BUFFET ?



Creio que a intenção, seja a melhor possível, servir bem as pessoas, que as pessoas se sintam à-vontade. Acredito que os irmãos ainda lembram, que há bem pouco tempo atrás não se colocava os alimentos em cima de mesas EX: galinhas com farofa, 4pés assados, acarajé, pois os alimentos só ficavam em cima de mesas em ritual fúnebre. Lembram? As únicas obrigações servidas durante o xire era a canjica, Amala e canja e doces etc os demais alimentos eram servidos no termino do xire se colocava uma toalha branca “ala” no chão do salão e ali eram colocados os alimentos: galinha, acarajé, batata doce, churrasco, bolos e doces e etc e os axeres se encarregavam de servir as pessoas. Há não ser em obrigação de 4pés que tem ou tinha o mercado, mas vejo que o mercado também esta em desuso, ninguém quer distribuir o axé da casa ou será que é porque alguns irmãos que não tem noção ao sair da obrigação despacham os mercados no primeiro cruzeiro? Mas com advento do Buffet me parece que tudo ficou mais fácil, mas é claro que se perde a essência, tudo que é inserido de novo e moderno, querendo ou não se perde a essência e muda-se a tradição ou costume, mas o que seria de nós sem um fogão ou forno a gás, em uma obrigação grande, compreendo esse tipo de modernização que vem para facilitar nossas vidas. Mas o que mais me causa estranheza é servirem alimentos que não estão no nosso cardápio Religioso aqui do Sul, pois é tam vasto e temos tantas iguarias em nossa culinária que não se faz necessário à utilização de outras iguarias que não sejam de matriz Africana, mesmo que seje por agrado, toda a comida do santo feita no Ile tem o asé e as demais não tem. Portanto o que noto é que estão desaparecendo as verdadeiras comidas de nossa Religião estamos em uma época que uma pessoa pronta não tem o conhecimento de o que é um Acasà ou um Acarajé ... e muito menos sabem fazer. É bom lembrar também que o ato de ser servido, na Religião de matriz Africana tem um conceito de dividir o Asè, oferecer parte do Asé do Ile, notem bem que á uma grande diferença em SER SERVIDO ou você mesmo se servir , mesmo que seja para deixar as pessoas mais a vontade. Mas cada um é Rei no seu Reinado, e eu respeito, e opinião cada um tem a sua.

Pai Léo de Oxalá


Hermes o Esù-Elegbara do Olimpo



Já é de conhecimento geral que entre a cultura dos Deuses Gregos existiu a imolação de animais e também os ditos feitiços em troca de sacrifício e oferendas, bem mas vamos falar de Hermes o Deus Grego que se aproxima do nosso Esù.


Podemos notar na historia de Hermes muitas coisas similares ao do nosso Esù partindo do princípio Hermes era o mensageiro e interprete da vontade dos Deuses associado a fertilidade, desde o berço já mostrava sua astúcia nos negócios, tramas e artimanhas, quando criança foi à Tessalia, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu, em troca o gado e o caduceu. Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens; mais tarde tornou-se deus dos viajantes, e em sua homenagem foram erguidas estátuas à beira das estradas, assim como nosso Esu é dono dos caminhos. Posteriormente, Hermes tornou-se deus do comércio e até dos ladrões; para proteger compradores e vendedores, inventou a balança. Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos. Também considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu, vestido com túnica curta.


Exu representa um um canal de comunicação, o princípio da mobilidade. Por isto, nas Religiões de Matriz Africana sempre é aberto com invocações a esta divindade. Hermes, com suas sandálias aladas que permitem voar, é também um mensageiro. Assim como as oferendas a Exu são depositadas nas encruzilhadas, Hermes era homenageado com hermas nas esquinas e nas portas, isto é, em locais de passagem. As hermas eram pequenos monumentos feitos de pedra consistindo de um busto do deus e de um falo semi-ereto, pois Hermes era associado à fertilidade. Quanto a Exu,aprendemos com Pierre Verger que entre os Fons, Exu-Elegbara é chamado de Legba e “é representado por um montículo de terra em forma de homem acocorado, ornado com um falo de tamanho respeitável”. Tanto Hermes quanto Exu são marcados pela ambigüidade, pelo comportamento às vezes traiçoeiro e, com o perdão da palavra, malandro: logo após o seu nascimento Hermes já aprontou a primeira, roubando gado do seu meio-irmão Apolo (ambos eram filhos do prolífico Zeus). Por conta da gracinha, teve que presentear,Apolo com a cítara. Sempre de chapéu, de andar leve, esperto e músico, é difícil não aproximar Hermes dos malandros. Assim como o Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos, o Esú tem também o mesmo papel, pois quando do falecimento de um Baba ou Yia no Batuque a primeira obrigação a ser despachada é o Bara (Esù Bara) para que esse encaminhe o falecido.
Parte do texto foi adaptado.
Bibliografia:

Os Deuses Gregos (Karl Kerényi)
A Guerra na Grécia antiga. São Paulo: Ática, 1988. (Marcos Alvito)
Os gregos eram macumbeiros? (Marcos Alvito UFF)
Caduceu
do Lat. caduceu
s. m., vara delgada e lisa terminada em duas asas e rodeada por duas serpentes, a qual, sendo insígnia de Mercúrio, era também usada pelos antigos arautos.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Asè de Fala



Bem esse assunto causa muita polemica entre os “Orkutianos” tendo diversos tópicos em comunidades de Religião de Matriz África do Estado do Rio Grande do Sul, uns são contra e dizem ser uma maldade que Orixá que é Orixá não precisa passar por esses tipos de provas, que o Orixá mostra sua veracidade no dia a dia dando boas condições ao filho e saúde e que a prova do Orixá foi inventado aqui no Brasil, que na África nunca ouve esse tipo de prova e por ai vai... (para maior entendimento os Orixás quando nascem no Batuque não tem a liberação para falar e ou cantar seus Orins.) A liberação da fala do Orixá só é dada pelo Babalorixá ou Yalorixá do cavalo de santo após a feitura de todo Orumalé e Ases de Obé e Ifá e depois de determinado tempo estipulado pelo Baba ou Yia. O Baba ou Yia , após consulta aos Búzios devem também perguntar ao próprio Orixá ocupado no cavalo de santo se ele já esta apto a receber a liberação de sua Fala. A Fala consiste em uma cerimônia onde os Orixás passam por algumas “provas” tendo que comer alguns Ebos e etc, com a presença alguns Babalorixás e Yalorixás de outros Ilés que serviram de testemunhas do Asé de Fala, se o Orixá cumprir com esta obrigação o Baba ou Yia liberam sua Fala, a partir daí o Orixá ocupado em seu cavalo de santo poderá falar com as pessoas e cantar os Orins.
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Claro que o Orixá prova sua veracidade no dia a dia, mas a prova que o Orixá tem que passar no Asè de fala, é fundamento não é coisa inventada, e de grande importância para que as pessoas de má fé ,não mistificarem nossa Religião. Estas provas tem origem na África mais precisamente na região Povos dos Fons dentre algumas das provas realizadas sito Prova de Zó, (Zó = Fogo – dialeto Fon) É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns quando estes estão ocupados em seus iniciados.
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A seguir, descrevo uma Prova do Zô feita com uma vodunse feita para Sogbô, um vodun que assemelha-se ao Xangô do Yorubás: Pierre Fatumbi Verge
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Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria de um raio, os olhos bem abertos e tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns.
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Mas o certo mesmo é que hoje temos milhares de cavalos de santo no Batuque e dentre eles alguns dançando com seus “caboclinhos”, e outros são eles mesmo querendo aparecer ”bobiando”como diriam alguns Babas e Yias antigos. Mas temos sim muitos Orixás verdadeiros tanto de gente antiga quanto nova e todos passaram pelo Asè de Fala. O que me causa grande estranheza é ver as pessoas questionando o asé de fala , sendo que a preocupação é do Orixá, se Orixá é Orixá não terá problema algum, quando as pessoas não sabiam que se ocupavam não existia esse tipo de preocupação, mas hoje ta tudo moderno mudaram os conceitos e estão adaptando a Religião a sua vontade enfim ao seu bel prazer ao invés de se adaptar aos seus fundamentos e tradições. Meus respeito para aqueles que matem em evidência os fundamentos e tradições de nossa Religião.

Mawu-Lisa e na Che nu we! Que Mawu-Lisa nos abençoe! Mawu na biy – “Deus vai ajudar”

Jé: o verbo comer

A comida e o comer ocupam um lugar fundamental na vida dos Iles de Religião de Matriz Africana. Isso aparece explicado de várias formas, através de uma visão muito ampla, onde ela é entendida como força vital, energia, princípio criativo e doador de algo. Na comida, encontra-se a energia máxima de uma oferta, mas, acima de tudo, ela é a força que fortifica os ancestrais, então, é um meio, um veículo através do qual, grupos humanos e civilizações, se sustentaram durante milênios fazendo contrato com o Sagrado. No Ilê, a chamada comida de Orixá obedece a prescrições complexas construídas ao longo do tempo e redefinidas a cada momento, de acordo com a função que deva desempenhar ou à “realidade” que deseje instaurar ou dialogar. Tudo isso é expresso nas múltiplas formas, maneiras e diferentes modos de preparar, fazer ou de “tratar” os ingredientes. Comida é sacrifício, ebó no seu sentido mais amplo, mola propulsora que conduz e leva o Axé. Daí sua íntima relação com Exu, aquele que come tudo, encarregado de sua distribuição no mundo. O sacrifício é, asssim, indispensável para viver, pois nada se sustenta sem esta troca de força, de energia, sem essa reposição, num universo onde tudo é dinâmico e nada acontece por acaso. Onde até uma folha que se desprende da árvore tem um por que preciso.
Através da comida oferecida aos Orixás, se estabelecem relações entre o devoto, a comunidade e o Orixá. É sobretudo nas festas que isso mais se expressa. Festas que se desenrolam ocultamente aos olhos dos de fora, que podem levar meses e festas que são feitas para os de fora, tornadas públicas, onde, em algumas delas, são exibidas a maior quantidade possível de comidas servidas aos Orixás da casa, e eles próprios servem a sua comida, distribuindo, assim, aos presentes a sua força máxima. Por traz de cada prato ofertado há uma visão de mundo, um porque, que faz com que o comer instaure um sistema de prestações e de contraprestações que englobam a totalidade da vida. Comida é sempre um contra presente. A comida de Orixá difere, assim, das comidas servidas no dia a dia do terreiro, bem como daquelas passadas no corpo das pessoas, usadas para “descarregar”, limpar, livrar de algum contra-axé. Em linhas gerais, comida é tudo que se come. Desde à pimenta ao naco de carne oferecido a este mesmo Orixá, partilhado pela pessoas. Nesse processo de diferenciação, em que os ingredientes, na sua grande maioria, são os mesmos, muda-se a forma de ritualizar, a elaboração, o cuidado, “o tratamento”, a maneira de lidar com o mesmo ingrediente, o sentido impresso e invocado através das palavras de encantamento, cantigas e rezas.

Bibliografia: Vilson Caetano de Sousa Júnior/PUC-SP
A COZINHA, OS ORIXÁS E OS TRUQUES: ENTRE A INVENÇÃO E A RECRIAÇÃO ONDE O TEMPO NÃO PÁRA...

A união faz a força



No Dia 10 de Junho o Fórum Estadual de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e segurança alimentar – RS coordenado pela Yalorixá Vera de Oya, e apoio do CEDRAB realizou um ato contra a Lei de limpeza Urbana “sobre restos de animais em despachos na via publica” onde grande parte dos religiosos se fez presente mas esse foi apenas o primeiro teremos outros Atos, esperamos que no próximo Ato os Religiosos compareçam em maior numero e que o Prefeito receba nossos representantes.
Minha opinião:

Temos um grande problema que merece nossa atenção, pois a falta de bom senso de alguns vai resultar em proibição, pois todos sabemos que a origem dessa lei é em função do despacho de 20 cabeças e 4pés as margens do “Rio” Guaíba no Gasômetro e devemos pensar seriamente no destino dos despachos de animais e partes deles. Bem todos sabemos que o destino de qualquer despacho feito em via publica é o lixão, o DMLU recolhe e encaminha ao lixão junto com o lixo doméstico, isso é fato. Portanto o bom senso é fundamental na escolha de local apropriado, mas temos muitos Iles na região urbana da cidade que não tem espaço físico para plantar buchadas e penas e temos algumas limpezas e trocas com animais ou carne, que não podem ser plantadas, devem ser despachadas e a grande pergunta é onde despachar. Creio que a raiz do problema seja o grande numero de Iles abertos, e a falta de bom senso das pessoas. Creio que a conduta correta seria procurar locais ermos se possíveis, para fazermos os despachos e evitar grandes avenidas e ruas de grande movimento, mas nos proibir de fazermos nossa Religião como deve ser feita é intolerância é descriminação, perseguição. Onde esta a liberdade de Culto? e com tudo isso que vem acontecendo chego à conclusão que é chegada a hora de termos um representante religioso na política, para que possamos lutar de igual para igual em defesa de nossa Religião.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Porque consultar os Buzios?





O jogo dos búzios, que são um tipo de conchas do mar, é o modo pelo qual os homens e orixás podem se comunicar. Vindos do imenso e misterioso mar, das águas que percorrem todo o mundo, na forma de rios, chuvas, orvalho, nuvens os búzios trazem consigo os segredos das águas, do céu e da terra e a energia de tudo que existe na natureza, o asé do Orixás. É preciso ter grande conhecimento e experiência na religião para se jogar búzios, além de muito conhecimento das quizilas das entidades e dos orixás. Jogar os búzios implica conhecer também, todos os rituais, ebós e o que necessário para solucionar os problemas apontados no jogo. O jogo é feito jogando os 16 ou 8 búzios sobre a mesa, que ao cair sobre esta, abre à visão do Babalorixá ligando-o diretamente ao axé. É o equilibrio, seu asé e principalmente o seu conhecimento, que permitem interpretar as mensagens trazidas pelo poderoso oráculo , diretamente dos Orixás. Os búzios são sacralizados, energizados, através de uma cerimônia específica. Apenas os búzios que passam por esta cerimônia, são aceitos como interlocutores dos orixás e de Ifá).
Quais os benefícios de uma consulta de Jogo de Búzios?

Os benefícios são vários tanto para solução quanto para prevenção de vários problemas nas áreas: espiritual, afetiva, profissional e saúde. O babalorixá tem o poder de manipular o reino vegetal, mineral e animal em benefício do ser humano através dos devido Ebos. Os Ebós são oferendas feitas para Orixás, e outras divindades para diversas finalidades, sejam elas feitas para apaziguar algum problema, sejam feitas em forma de agradecimento de alguma graça atingida, por alcançar algum objetivo ou simplesmente como forma de agradar às divindades que se cultuam. O princípio da Religião de Matriz Africana baseia-se no Ebó, nas oferendas propiciatórias obtendo a redistribuição do Axé e mantendo o seu equilíbrio vital.

Consultas de Buzios

Diariamente com hora marcada no telefone: (51) 33877683 ID.

Pai Léo de Oxalá